Presenteio-vos com uma versão remasterizada feita por um fã do Kiss, que é engenheiro de masterização e passou a circular na rede mundial de computadores há pouco mais de um mês. E como "Hot In The Shade" é um álbum muito especial pra mim, simplesmente adorei o trabalho pois, apesar de adorar o disco, admito que a produção realizada aqui é uma das piores já feitas em algum lançamento do Kiss (e olha que os caras só costumavam convidar produtores top de linha, como Bob Ezrin, Eddie Kramer, Michael James Jackson e Vini Poncia).
Sobre as melhorias, há um brilho nas vozes, as guitarras estão mais altas, os baixos agora estão perfeitamente audíveis e a bateria não tá com aquele som de panela, sem contar que as nuances estão identificáveis e tudo está bem melhor. Claro, não ficou perfeito (até porque é complicado refazer o trabalho de forma perfeita, ainda mais com 20 anos de lançamento) e "Little Caesar" (grande música cantada por Eric Carr) ficou de fora por não ter sido possível recuperar a sonoridade como pretendia, mas o esforço valeu a pena!
Em relação ao álbum em si, o 15° álbum de estúdio do Kiss é marcado por uma tentativa de volta às raízes, que só se concretiza com o lançamento do posterior, "Revenge". As composições voltam a ser coesas, deixando os clichês adotados pelos anteriores "Animalize", "Asylum" e "Crazy Nights". Apesar de um disco grande, não é enjoativo e conta com músicas boas do começo ao fim.
A mudança já é notada pela timbragem dos instrumentos: a bateria está com um som mais forte e destacado enquanto as guitarras soam muitas vezes como nos anos 1970, com peso e firmeza, além do baixo que soa mais distorcido e criativo. Exemplos disso são "Rise To It", "Silver Spoon" e "Love's A Slap In The Face".
Parece cretinamente óbvio mas vale salientar que os instrumentistas que representam tais mudanças: Paul Stanley passava por uma fase extremamente criativa, até porque ia lançar um álbum solo nessa época, mas algumas composições desse hipotético disco como "Hide Your Heart" acabaram ficando por aqui; Gene Simmons deixou de vez o cinema e as outras atividades marketeiras para se dedicar novamente ao grupo e trouxe verdadeiros presentes para os fãs com boas composições e fortes linhas de vocal (sem os falsetinhas irritantes, por sinal); Bruce Kulick começa a se encontrar na banda e deixa um pouco as firulas a-la Eddie Van Halen de lado, apresentando linhas de guitarra muito mais criativas do que as apresentadas outrora e, por fim, o incansável Eric Carr se mostrou tão genial quanto em qualquer outro disco - o cara era animal, simplesmente feroz na bateria e todos temos noção disso!
"Hot In The Shade" foi um sucesso principalmente pela balada "Forever", que estourou fenomenalmente e trouxe o Kiss de volta à ativa para o resto do mundo, pois estavam atendendo apenas ao eixo Estados Unidos - Japão. Mas o álbum não se resume a isso: temos aqui verdadeiras pauladas como "Betrayed", "Boomerang" e "King Of Hearts", fortes hinos como "Rise To It" e "Hide Your Heart" (sendo esta uma perfeição em forma de música) e a já citada baladinha "Forever".
Infelizmente, "Hot In The Shade" marca alguns aspectos negativos: além de ser o último com Eric Carr no posto de baterista pois faleceu um ano após o lançamento, poucas músicas do álbum foram tocadas ao vivo até hoje e, com exceção de "Forever", nenhuma durou mais de uma turnê no setlist. Mas, além do sucesso irrefutável (500 mil cópias e 1 milhão de cópias vendidas em menos de um ano nos Estados Unidos e Canadá, respectivamente, e "Forever" em 8° lugar nas paradas americanas), é um excelente álbum que merece sua atenção, meu caro leitor. Afinal, a soberania desses caras é incontestável!
Sobre as melhorias, há um brilho nas vozes, as guitarras estão mais altas, os baixos agora estão perfeitamente audíveis e a bateria não tá com aquele som de panela, sem contar que as nuances estão identificáveis e tudo está bem melhor. Claro, não ficou perfeito (até porque é complicado refazer o trabalho de forma perfeita, ainda mais com 20 anos de lançamento) e "Little Caesar" (grande música cantada por Eric Carr) ficou de fora por não ter sido possível recuperar a sonoridade como pretendia, mas o esforço valeu a pena!
Em relação ao álbum em si, o 15° álbum de estúdio do Kiss é marcado por uma tentativa de volta às raízes, que só se concretiza com o lançamento do posterior, "Revenge". As composições voltam a ser coesas, deixando os clichês adotados pelos anteriores "Animalize", "Asylum" e "Crazy Nights". Apesar de um disco grande, não é enjoativo e conta com músicas boas do começo ao fim.
A mudança já é notada pela timbragem dos instrumentos: a bateria está com um som mais forte e destacado enquanto as guitarras soam muitas vezes como nos anos 1970, com peso e firmeza, além do baixo que soa mais distorcido e criativo. Exemplos disso são "Rise To It", "Silver Spoon" e "Love's A Slap In The Face".
Parece cretinamente óbvio mas vale salientar que os instrumentistas que representam tais mudanças: Paul Stanley passava por uma fase extremamente criativa, até porque ia lançar um álbum solo nessa época, mas algumas composições desse hipotético disco como "Hide Your Heart" acabaram ficando por aqui; Gene Simmons deixou de vez o cinema e as outras atividades marketeiras para se dedicar novamente ao grupo e trouxe verdadeiros presentes para os fãs com boas composições e fortes linhas de vocal (sem os falsetinhas irritantes, por sinal); Bruce Kulick começa a se encontrar na banda e deixa um pouco as firulas a-la Eddie Van Halen de lado, apresentando linhas de guitarra muito mais criativas do que as apresentadas outrora e, por fim, o incansável Eric Carr se mostrou tão genial quanto em qualquer outro disco - o cara era animal, simplesmente feroz na bateria e todos temos noção disso!
"Hot In The Shade" foi um sucesso principalmente pela balada "Forever", que estourou fenomenalmente e trouxe o Kiss de volta à ativa para o resto do mundo, pois estavam atendendo apenas ao eixo Estados Unidos - Japão. Mas o álbum não se resume a isso: temos aqui verdadeiras pauladas como "Betrayed", "Boomerang" e "King Of Hearts", fortes hinos como "Rise To It" e "Hide Your Heart" (sendo esta uma perfeição em forma de música) e a já citada baladinha "Forever".
Infelizmente, "Hot In The Shade" marca alguns aspectos negativos: além de ser o último com Eric Carr no posto de baterista pois faleceu um ano após o lançamento, poucas músicas do álbum foram tocadas ao vivo até hoje e, com exceção de "Forever", nenhuma durou mais de uma turnê no setlist. Mas, além do sucesso irrefutável (500 mil cópias e 1 milhão de cópias vendidas em menos de um ano nos Estados Unidos e Canadá, respectivamente, e "Forever" em 8° lugar nas paradas americanas), é um excelente álbum que merece sua atenção, meu caro leitor. Afinal, a soberania desses caras é incontestável!
01. Rise To It
02. Betrayed
03. Hide Your Heart
04. Prisoner Of Love
05. Read My Body
06. Love's A Slap In The Face
07. Forever
08. Silver Spoon
09. Cadillac Dreams
10. King Of Hearts
11. The Street Giveth And The Street Taketh Away
12. You Love Me To Hate You
13. Somewhere Between Heaven And Hell
14. Boomerang
Paul Stanley - vocal, guitarra base
Gene Simmons - vocal, baixo
Bruce Kulick - guitarra solo, backing vocals
Eric Carr - bateria, percussão, backing vocals (vocal em "Little Caesar", não presente na remasterização)
by Silver (@silvercm)