Há momentos em que uma banda precisa tomar atitudes drásticas para poder seguir em frente. Mas quando se trata de um grupo lendário, a coisa não é tão fácil assim. Que o diga o Judas Priest, que após o excelente álbum Painkiller sofreu um grande baque com a saída de Rob Halford, não apenas o vocalista, mas a figura que representava o quinteto em sua essência. A verdadeira razão para a separação nunca foi muito bem explicada – e provavelmente nem será mais, pois a reconciliação e posterior reunião trouxeram paz e alegria a todos. Mas o fato é que o Metal God estava em uma conturbada fase pessoal, que culminou no estranho (pra dizer o mínimo) projeto Two.
Sem maiores perspectivas naquele momento, Glenn Tipton e K.K. Downing decidiram que era hora de procurar uma nova voz. A opção foi pelo desconhecido norte-americano Tim “Ripper” Owens, ex-Winters Bane e que também cantava em uma banda cover do Priest, chamada British Steel. Os fãs ficaram em alvoroço. O que faria o novo cantor? Imitaria o registro característico de Rob ou tentaria impor sua própria personalidade, como na mesma época Blaze Bayley fez – e se deu mal em termos de popularidade junto aos admiradores – no Iron Maiden? As dúvidas se acabaram no lançamento de Jugulator.
Porém, se as dúvidas se dissiparam, a polêmica perdura até os dias atuais. Primeiro, pela resistência dos mais conservadores para com o novo vocalista. E segundo, pelo fato da banda fazer o disco que mais se distanciou de sua sonoridade clássica. Em termos de agressividade, Jugulator é uma clara evolução de Painkiller, priorizando o peso em detrimento das melodias mais tradicionais, que consagraram o grupo. Músicas longas e com climas soturnos permeiam toda a audição. Apesar desses elementos até então estranhos, o play obteve boa repercussão, com vendas razoáveis e uma indicação ao Grammy na categoria Best Heavy Metal Performance, por “Bullet Train”.
Outras que conquistaram os headbangers foram a marcada “Blood Stained”, que mostra bem a competência de Owens na interpretação, além das climáticas “Burn in Hell” e “Cathedral Spires”, que encerra o trabalho de maneira magnífica. “Brain Dead” tem uma levada muito bacana, misturando o lado mais tradicional com a pancadaria do momento, assim como “Death Row” traz o melhor refrão, um dos poucos fáceis de memorizar de cara, até porque não era para ser essa a característica mesmo. Aliás, basta uma rápida olhada nos títulos das faixas para se ter uma noção da “sanguinolência” do conteúdo.
Jugulator jamais será unanimidade. Uns amam, outros odeiam. Há até um grupo que torceu o nariz à época, mas se acostumou posteriormente. Talvez realmente seja o tipo de disco que precise de várias escutadas atentas para ser assimilado da maneira correta. De qualquer modo, a era Ripper merece respeito, pois manteve a banda na ativa, preparando terreno para a volta triunfal do dono do microfone. E ainda inspirou um filme que tem a moral de ser divertido, exagerado e dramático. Vide o final absurdamente triste, onde o carinha vira Grunge (risos). Nem se morresse seria um encerramento tão desgracento.
Sem maiores perspectivas naquele momento, Glenn Tipton e K.K. Downing decidiram que era hora de procurar uma nova voz. A opção foi pelo desconhecido norte-americano Tim “Ripper” Owens, ex-Winters Bane e que também cantava em uma banda cover do Priest, chamada British Steel. Os fãs ficaram em alvoroço. O que faria o novo cantor? Imitaria o registro característico de Rob ou tentaria impor sua própria personalidade, como na mesma época Blaze Bayley fez – e se deu mal em termos de popularidade junto aos admiradores – no Iron Maiden? As dúvidas se acabaram no lançamento de Jugulator.
Porém, se as dúvidas se dissiparam, a polêmica perdura até os dias atuais. Primeiro, pela resistência dos mais conservadores para com o novo vocalista. E segundo, pelo fato da banda fazer o disco que mais se distanciou de sua sonoridade clássica. Em termos de agressividade, Jugulator é uma clara evolução de Painkiller, priorizando o peso em detrimento das melodias mais tradicionais, que consagraram o grupo. Músicas longas e com climas soturnos permeiam toda a audição. Apesar desses elementos até então estranhos, o play obteve boa repercussão, com vendas razoáveis e uma indicação ao Grammy na categoria Best Heavy Metal Performance, por “Bullet Train”.
Outras que conquistaram os headbangers foram a marcada “Blood Stained”, que mostra bem a competência de Owens na interpretação, além das climáticas “Burn in Hell” e “Cathedral Spires”, que encerra o trabalho de maneira magnífica. “Brain Dead” tem uma levada muito bacana, misturando o lado mais tradicional com a pancadaria do momento, assim como “Death Row” traz o melhor refrão, um dos poucos fáceis de memorizar de cara, até porque não era para ser essa a característica mesmo. Aliás, basta uma rápida olhada nos títulos das faixas para se ter uma noção da “sanguinolência” do conteúdo.
Jugulator jamais será unanimidade. Uns amam, outros odeiam. Há até um grupo que torceu o nariz à época, mas se acostumou posteriormente. Talvez realmente seja o tipo de disco que precise de várias escutadas atentas para ser assimilado da maneira correta. De qualquer modo, a era Ripper merece respeito, pois manteve a banda na ativa, preparando terreno para a volta triunfal do dono do microfone. E ainda inspirou um filme que tem a moral de ser divertido, exagerado e dramático. Vide o final absurdamente triste, onde o carinha vira Grunge (risos). Nem se morresse seria um encerramento tão desgracento.
Tim “Ripper” Owens (vocals)
Glenn Tipton (guitars)
K.K. Downing (guitars)
Ian Hill (bass)
Scott Travis (drums)
01. Jugulator
02. Blood Stained
03. Dead Meat
04. Death Row
05. Decapitate
06. Burn in Hell
07. Brain Dead
08. Abductors
09. Bullet Train
10. Cathedral Spires
82 MB
192 kbps
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