Carcass - Necroticism: Descanting The Insalubrious [1991]

O post de hoje é dedicado a todos aqueles que estão a fim de fugir daqueles almoços chatos com a família, ou para aqueles que querem assustá-la, durante a mesma ocasião, ou ainda para quem quer expulsar aqueles primos chatos de perto do seu quarto. Sim, o Carcass é perfeito para isso, já que com seu Death Metal ultra-pesado, ele é garantia de muita diversão para você, além de ser garantia de medo pelo resto da sua família.

Falando da banda, eu acho que o Carcass é indispensável para qualquer ouvinte de Heavy Metal, já que eles foram os principais inovadores do Metal moderno, no final dos anos 80, sendo uma das precursoras do estilo Grindcore/Splatter e no início dos anos 90, como os principais arquitetos do que seria conhecido como Death Metal Melódico, nos dias de hoje, o que veio a influenciar toneladas de bandas do mesmo estilo.

Embora eu não seja lá muito amigo dos primeiros discos da banda ("Reek Of Putrefaction" e "Symphonies Of Sickness"), principalmente por serem sujos e "nojentos" demais, de "Necroticism" pra frente tudo iria mudar, pois aqui o Carcass abraçaria de vez as guitarras mais melódicas e teriam uma ajuda importantíssima: As composições do grande Michael Amott, que já havia tocado no disco anterior, porém, não ajudou em praticamente nada, em matéria de composições. Composições estas, que ficariam bem diferentes do que antes, já que eles abandonariam os temas "nojentos" e escreveriam ainda sobre morte, necrofilia, dentre outros, mas também falariam sobre corpos mutilados e coisas parecidas.

Sobre o som em sí, é aquilo que todo mundo já conhece: As guitarras de Bill Steer e Michael Amott brutais, com riffs demolidores e solos idem, o baixo de Jeff Walker distorcido e rápido, devastando qualquer ouvido "não-treinado" e a bateria de Ken Owen extremamente CAVALA, dando até vontade de tocar air-drums, em certas alturas do disco, assim como os vocais (ou urros, como preferir) de Bill Steer e Jeff Walker, extremamente brutais.

Os destaques deste DISCÃO, ficam com a longa abertura "Inpropagation", que com seus 7 minutos irão te deixar bem surdo e irão sugerir que você morra e vire fertilizante; a incrível "Pedigree Butchery", que pra mim é a melhor do disco, tanto em instrumental, quando em letras, que falam sobre humanos mortos serem triturados e virarem comida para cães; a fodidona "Carneous Cacoffiny", que fala sobre corpos humanos mortos virarem instrumentos musicais; e o encerramento "Forensic Clicism/The Sanguine Article", encerrando o disco com a brutalidade lá no alto, fazendo com que a vontade de ouvir o disco de novo seja absoluta.

Um discaço do caralho, que com certeza vai devastar todas as idéias ruins que os preconceituosos têm sobre o Death Metal, e também vai dar uma aula de como é que se faz Metal extremo para a molecada ae. [risos]

1. Inpropagation
2. Corporeal Jigsore Quandary
3. Symposium Of Sickness
4. Pedigree Butchery
5. Incarnate Solvent Abuse
6. Carneous Cacoffiny
7. Lavaging Expectorate Of Lysergide Composition
8. Forensic Clicism/The Sanguine Article

Jeff Walker - Vocais, Baixo
Bill Steer - Vocais, Guitarra
Michael Amott - Guitarra
Ken Owen - Bateria

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Bruno Gonzalez