Em 1975, o Led Zeppelin era sem dúvidas a maior banda do mundo, e já tinha cinco discos que eu costumo chamar de "Obras de arte do Rock 'n' Roll", com todas as músicas sendo tocadas perfeitamente, numa junção de técnica com feeling incríveis, e um entrosamento que banda nenhuma da época tinha. Definitivamente, tudo no Led se encaixava perfeitamente, desde os poderosos riffs e solos de guitarra de Jimmy Page e os vocais agudos de Robert Plant, até a cozinha mais poderosa da história do Rock, com John Paul Jones e John Bonham - melhor baixista e baterista da história, na minha opinião -, emplacando hits em cima de hits e fazendo grandes turnês com tudo o que uma banda precisava para se apresentar na época.
"Physical Graffiti" continua perfeitamente o conceito de "Obra de arte do Rock 'n' Roll", que citei no início do texto, continuando o que eles iniciaram no perfeito "Houses Of The Holy" (nas gravações de 1972 à 1974), que é a presença de outros estilos musicais em sua obra, com aquela pegada blueseira característica do Led, só que soando mais Hard Rock que o seu anterior, com a maior presença de guitarras distorcidas e verdadeiros rockões, como as clássicas "In My Time Of Dying", "Custard Pie" e "Houses Of The Holy" (não o disco, mas sim a música, que só veio ser lançada em "Physical Graffiti"), que são ótimas pedradas na cara de quem fala mal do estilo do Led. Mas, também temos grandes viagens como as perfeitíssimas "Kashmir", "In The Light" e "Ten Years Gone", com bastante psicodelia e uma presença fortíssima dos sintetizadores de John Paul Jones, que se tornavam cada vez mais freqüentes no som dos caras.
Outro fato interessante de "Physical Graffiti", é o fato de suas músicas serem resgatadas de gravações bem mais antigas, sendo um punhado de músicas gravadas entre 1970 e 1974. Mas, o que realmente impressiona, é o fato de todas as músicas se encaixarem perfeitamente umas com as outras, fazendo um álbum perfeito em todos os sentidos.
O álbum, pra variar, foi um tremendo sucesso de vendas, indo rapidamente para o topo da Billboard e melhor... Fazendo com que todos os álbuns lançados anteriormente voltassem à lista de 200 álbuns mais ouvidos e também sendo platinado 16 vezes, além de ser lembrado pela conceituada revista Rolling Stone, como um dos 500 melhores álbuns de todos os tempos, ocupando a 70ª posição.
Indo aos destaques, preciso falar de novo, que músicas como "In My Time Of Dying", "Custard Pie", "Houses Of The Holy", "Kashmir", "In The Light", "Down By Seaside" e "Black Country Woman" são músicas COMPLETAMENTE INDISPENSÁVEIS para qualquer indivíduo que curta música de bom gosto.
Enfim... Quer ouvir um dos melhores álbuns de todos os tempos? Então não perca tempo e baixe agora mesmo "Physical Graffiti". Sente-se em sua melhor poltrona, ponha os fones de ouvido, abra uma cerveja, sinta a música passando por seus ouvidos e seu cérebro, e simplesmente viaje nas melodias perfeitas de uma das melhores bandas de todos os tempos...
CD1:
1. Custard Pie
2. The Rover
3. In My Time Of Dying
4. Houses Of The Holy
5. Trampled Under Foot
6. Kashmir
CD2:
1. In The Light
2. Bron-Yr-Aur
3. Down By The Seaside
4. Ten Years Gone
5. Night Flight
6. The Wanton Song
7. Boogie With Stu
8. Black Country Woman
9. Stick Again
Robert Plant - Vocais, gaita, violão em "Boogie With Stu"
Jimmy Page - Guitarra, violão, bandolim
John Paul Jones - Baixo, órgão, piano, mellotron, bandolim, sintetizadores
John Bonham - Bateria, percussão
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Bruno Gonzalez