Desde 1995, ocorreram mudanças drásticas no X Japan: Os cabelos não eram mais laqueados para o alto, as músicas já não eram mais aqueles Heavyzões cheios de energia, algumas músicas começaram a ser tocadas um tom acima (como Week End e X)...
Mas, uma coisa ainda era fato: O X Japan ainda era a maior banda do Japão, e tudo indicava que um possível sucesso mundial estava por vir, pois a banda praticamente “morava” nos Estados Unidos (inclusive, foi em Nova Iorque que eles conheceram o baixista Heath) até a fatídica decisão de Toshi, que resolveu abandonar a banda, pois dizia que estava cansado da vida de Rockstar. De fato, Yoshiki e hide confirmaram esta versão depois, dizendo que eles que ditavam ao vocalista a sua atitude em palco, e como ele deveria se vestir e coisas do tipo.
Isso resultou com que Yoshiki, ao invés de procurar outro vocalista, resolvesse acabar com a banda, em consideração a amizade dele com Toshi, já que os dois são amigos desde a infância. Mas, os fiéis fãs não iriam ficar na mão, já que Toshi ainda concordou em fazer um último show, para a passagem de ano de 1997 para 1998.
Nesse clímax de fim de festa, “The Last Live” foi gravado em 31 de dezembro de 1997, no Tokyo Dome, que já havia virado a “casa” do X Japan, já que eles faziam shows direto por lá, desde 1992.
Sem dúvidas, “The Last Live” consegue ser de longe o show mais emocionante e dramático dos caras. Um ótimo exemplo, é durante a execução de “Forever Love”, aonde podemos ouvir claramente que Toshi chora muito, junto com Yoshiki tocando piano (veja no vídeo disponibilizado no fim do post), conseguindo passar a nós ouvintes um clima incrível, misturando tristeza pelo fim da banda e uma sensação incrível de felicidade, como se estivéssemos lá, presenciando o show.
O setlist é bem variado, misturando os grandes clássicos, como “Week End”, “Kurenai”, “Orgasm” e “X”, com músicas até então novas, como as porradonas “Scars” e “Dahlia”, as várias baladas, como “Crucify My Love” e “Longing Togireta Melody” e a alternativa “Drain”, com suas batidas eletrônicas totalmente excitantes.
A banda, pra variar, estava afiadíssima, tocando tudo com muita competência e o principal: Com todo o feeling característico dos caras, que proporcionam uma viagem incrível ao ouvinte, principalmente na hora das baladas, que já eram mais que marcas registradas da banda (vide o disco “Dahlia” onde mais de 60% das músicas são baladas) e ocupam um grande espaço neste show, representadas por “Crucify My Love”, “Longing Togireta Melody”, “Forever Love”, “Endless Rain” e “The Last Song”, encerrando o show de forma magistral colocando (ao menos por enquanto) um ponto final na carreira da banda em grande estilo e com muita emoção, ao mesmo tempo.
Também temos as faixas “playback”, que servem de “introdução” à outras músicas, “Amethyst” (abrindo o show e introduzindo os membros), “Prologue ~ World Anthem” (que abria os shows da banda antigamente e servia de introdução à faixa “X”, nessa época), “Say Anything” (que serviu de introdução à faixa “The Last Song”) e “Tears” (que marcou o encerramento do espetáculo, com a banda cumprimentando o público).
O disco triplo foi lançado em 2001, junto com um VHS e um DVD, como um “caça-níquel”, já que Yoshiki é como se fosse um “Gene Simmons japonês”, com uma boa quantidade de marketing em volta da banda, que desde essa época, já tinha inúmeros pedidos de volta, por parte dos fãs, mesmo depois do falecimento de hide em 1998.
Após o fim da banda, cada um seguiu o seu caminho: Yoshiki seguiu em carreira solo; hide montou o “hide with Spread Beaver” e o “Zilch”, e era o integrante com mais popularidade dos 5, talvez sendo até hoje um dos músicos mais populares do Japão; Pata montou o “P.A.F.”, participou de vários shows da nova banda de hide e montou também o “Dope HEADz” com Heath, além de integrar o “Ra:IN” nos dias de hoje; Toshi começou a tocar baladas, influenciado por Masaya (líder de uma seita que Toshi se juntou, algum tempo antes de sair da banda) e por sua esposa até 2003, quando declarou que iria se aposentar graças à um problema de garganta; e Heath, além de ter montado o “Dope HEADz” junto com Pata, também seguiu em carreira solo e montou vários projetos de música alternativa.
Enfim, espero que todos baixem este showzaço, que com certeza é um dos mais emocionantes da história do Rock nipônico e se deliciem com toda a energia mágica do X Japan.
CD1:
1. Intro ~ Amethyst
2. Rusty Nail
3. Week End
4. Scars
5. Dahlia
6. Drum Break
7. Drain
8. Piano Solo
CD2:
1. Crucify My Love
2. Longing Togireta Melody
3. Kurenai
4. Orgasm (Orugasumu) 1 2
5. Drum Solo
6. Forever Love
CD3:
1. Prologue ~ World Anthem
2. X
3. Endless Rain
4. Curtain Call ~ Say Anything
5. The Last Song 1 2
6. Epilogue ~ Tears
Toshi – Vocais
hide – Guitarra líder, vocais de apoio
Pata – Guitarra base
Heath – Baixo, vocais de apoio
Yoshiki – Bateria, piano
Download:
CD1 (66,5MB)
CD2 (94,4MB)
CD3 (99,4MB)
Todos os discos em 192kbps.
Bruno Gonzalez