Como meus companheiros já citaram anteriormente, o Angra é um dos maiores representantes do Heavy Metal nacional, sendo um dos principais nomes brasileiros lá fora, tendo fãs pelo mundo inteiro.
Quem conhece a carreira da banda, sabe que a principal intenção do Angra sempre foi fazer um Power Metal com aquela identidade brasileira (o que, na minha opinião, muitas vezes ficou forçado) para levarem um pouco da cultura brasileira para o mundo. Isso ficou bem claro nos dois primeiros discos "Angels Cry" e principalmente em "Holy Land", que foi onde a coisa ficou mais explícita.
O que faz de "Fireworks" o melhor trabalho do Angra na minha opinião, é o outro direcionamento que a banda tomou, sem o apelo de "oi gente, sou brasileiro rs", num disco TOTALMENTE Heavy Metal da cabeça aos pés, sem qualquer influência da música folclórica brasileira, ou de qualquer outro ritmo nacional, caindo de cabeça definitivamente na música clássica e no Heavy Metal em si, fazendo a mistura que qualquer banda de Power Metal aos moldes europeus exige.
Diríamos que este disco é o mais obscuro da carreira da banda, pois apesar de conter bons clássicos da banda (como "Metal Icarus", "Lisbon", "Speed" e "Wings Of Reality"), aqui no Brasil o disco não teve a divulgação correta e acabou entrando pouco nas prateleiras, o que deixou os fãs brasileiros um pouco "na mão" (claro que hoje em dia qualquer fã conhece o disco, graças à internet), fazendo com que os fãs que escutassem o disco, até mesmo atualmente, depois de ouvir os mais contemporâneos, simplesmente não reconhecessem a banda, tamanha a diferença para os anteriores (e para os posteriores também).
Uma coisa interessante de "Fireworks" também, é a ausência de uma intro ou de um prelúdio, já que o disco já começa na porradaria de "Wings Of Reality", definitivamente mostrando que a frescurinha havia acabado, ao menos por enquanto.
Mesmo que o clima dentro da banda não estivesse tão bom, eles estavam totalmente entrosados, pra variar, com todo mundo mandando muito bem, desde os vocais inconfundíveis de Andre Matos até a bateria furiosa de Ricardo Confessori, passando por toda a virtuose de Rafael Bittencourt, Kiko Loureiro e Luís Mariutti, quando, com certeza, o Angra formava a banda mais "perfeita" do Brasil, em relação à técnica e virtuose dos músicos.
"Fireworks" também marca o último disco da formação clássica do Angra, que viria a se separar depois por conflitos internos de Andre Matos, Luís Mariutti e Ricardo Confessori com o empresário Antônio Pirani, que gerenciava a banda, durante a turnê do disco.
Enfim, eu não vou destacar absolutamente NADA do álbum, já que ele como um todo, te proporciona muito Power Metal da melhor qualidade, mostrando, que definitivamente, no gênero, o Angra é a melhor banda do Brasil.
1. Wings Of Reality
2. Petrified Eyes
3. Lisbon
4. Metal Icarus
5. Paradise
6. Mystery Machine
7. Fireworks
8. Extreme Dream
9. Gentle Change
10. Speed
Andre Matos - Vocais, piano, teclado
Rafael Bittencourt - Guitarra
Kiko Loureiro - Guitarra
Luís Mariutti - Baixo
Ricardo Confessori - Bateria
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Bruno Gonzalez