Como o link antigo expirou e eu morria de vontade de postar este disco novamente, vamos juntar o útil ao agradável. :P
Creio que todos já estão carecas de saber sobre as origens do X Japan (que nessa época era conhecido apenas como X), desde o início dos anos 80, quando Yoshiki e Toshi começaram a banda até o fim em 1997, quando Toshi deixou a banda e a ressureição em 2007, quando eles lançaram o hit "I.V.", portanto, vamos deixar a história da banda um pouco de lado e vamos falar sobre o disco e sobre a época de lançamento:
"Blue Blood" é, definitvamente, o melhor disco do X Japan, em todos os sentidos: Desde a ótima produção, até as belíssimas letras do mestre Yoshiki, que é mais que o líder nato da banda: É o mentor, o principal compositor, a estrela da banda, quem come mais gente [se homens ou mulheres, aí eu não sei né... (risos)] e além de exímio baterista, tocando todas as músicas ferozmente, é o grande pianista da banda, colocando todo o feeling possível e mais um pouco nas baladas, com suas letras poéticas e tristes.
Claro que os outros integrantes não ficam como meros coadjuvantes: Pata e hide começavam a construir o seu legado como dois dos maiores guitarristas do Japão, com linhas de guitarra absolutamente complexas em várias músicas, com excelentes solos dobrados e bem técnicos, mostrando que claramente, um completava o outro em todos os sentidos, pois além de tudo, os dois eram grandes amigos. Taiji mostrava também ser um baixista ultra-mega-giga virtuoso, reconhecimento que dura até os dias de hoje, depois dele ter passado por bandas de peso como o Loudness, após a sua saída da banda em 1992.
E, finalmente, as belíssimas linhas vocais de Toshi, alcançando vários tons impossíveis para alguns vocalistas e se destacando como um ótimo frontman no palco, seja colocando peso em músicas rápidas ou colocando feeling nas baladas.
Claro, que o som da banda evoluiu bastante, deixando de ser aquele Heavy Metal sujo do primeiro disco, sendo considerado até como Speed Metal por alguns. "Blue Blood" mostra uma influência fortíssima do Hard Rock oitentista, o que deixou as músicas um pouco mais lentas, como podemos comprovar em sons como "Week End", "Celebration" e "Easy Fight Rambling", mas claro que isso não virou regra, pois em músicas como "Blue Blood", "Kurenai", "Orgasm" (também conhecida por "Orugasumu") e "X", a banda mostrava ainda um Heavy Metal poderoso, podendo ser até rotulado facilmente como um Power Metal, se quisermos. Mas, talvez os maiores destaques do disco sejam as baladas, muitíssimo caprichadas e mostrando à todos, que por mais pesada que uma banda seja, ela pode gravar baladas grudentas sem ficar chata ou soar forçada. "Endless Rain", por exemplo, é uma das músicas mais bonitas que eu já ouvi em toda a minha vida e se tornou carro-chefe dos encerramentos dos shows dalí pra frente, colocando toda a platéia pra cantar junto com a banda, terminando os shows com uma atmosfera incrível. Claro que também temos outro destaque em matéria de balada: "Unfinished", que já era conhecida entre os fãs, por ter sido lançada no disco "Vanishing Vision", porém, em "Blue Blood", ela aparece numa versão completa. Claro que "Unfinished" também tem uma belíssima letra e é dotada de um feeling impressionante.
Mas, pra quem pensa que acabou por aí se engana, pois ainda temos que mostrar mais um pouco da versatilidade da banda em "Rose Of Pain": Uma longa, bela e épica canção, com seus arranjos orquestrados, misturados às guitarras pesadas e letra poética, que abre as portas para um estilo que viria a calhar no disco "Art Of Life", alguns anos mais tarde: O Metal Progressivo, com toda a sua beleza e seu caos, todos reunidos em uma música só, que beira os 12 minutos de duração.
O disco teve uma recepção incrível, tanto por parte de críticos, como de fãs, e fãs novos também, que passaram a idolatrar a banda, que mesmo com todo o seu visual e som pesados, violentos e chocantes, começaram a lotar todos os shows que o X fazia. Shows que viraram espetáculos à parte, com efeitos de luz, fumaça, fogos, palcos enormes e tudo mais o que uma banda pode precisar para fazer um espetáculo inesquecível. E isso eles sabiam (e sabem) fazer muito bem.
Sobre os destaques?! Difícil, pois praticamente todas as músicas se tornaram hinos e, obviamente, fixas nos setlists, sendo os principais carros-chefe as extremamente clássicas "Kurenai" (que já fazia sucesso no Japão, pois tinha sido lançada no disco anterior "Vanishing Vision", com letras diferentes), "X", "Week End", "Orgasm", "Celebration", "Endless Rain" e até mesmo a belíssima intro "Prologue ~World Anthem~", que se tornaria uma tradicional abertura dos shows da banda e mais tarde, a introdução de "X"; sendo que TODAS as outras faixas também são viciantes, belas, caóticas, chocantes, violentas e tudo mais o que for possível (menos ruins, é claro).
Enfim, um discaço de primeiríssima qualidade, e se você não conhece, pare de perder tempo, não seja preconceituoso pelo fato do X ser uma banda oriental e cantar a maioria das músicas em japonês, e baixe AGORA esta pérola do Heavy Metal não só oriental, mas MUNDIAL.
Discão para se ouvir, ouvir de novo, ouvir mais uma vez e ouvir novamente. [risos]
Tracklist:
1. Prologue ~World Anthem~
2. Blue Blood
3. Week End
4. Easy Fight Rambling
5. X
6. Endless Rain
7. Kurenai
8. Xclamation
9. Orgasm
10. Celebration
11. Rose Of Pain
12. Unfinished
Yoshiki - Bateria, piano
Toshi - Vocais
Pata - Guitarra líder e base
hide - Guitarra líder, vocais de apoio
Taiji - Baixo, vocais de apoio
Download (59,4MB ~ 128kbps)
Bruno Gonzalez